Nesse texto, dou destaque a [Não]política de vacinação do Brasil, considerando dados disponibilizados pelo Ministério da Saúde através da plataforma opendatasus (27/02/2021). No gráfico abaixo, podemos observar que para além dos Profissionais de Saúde, das Faixas Etárias e Povos Indígenas, que são os mais divulgados, outros grupos já começaram a vacinação como forças armadas da ativa, forças de segurança, e profissonais de educação. Na maioria desses outros grupos a concentração da população vacinada está abaixo dos 75 anos.
No gráfico abaixo, observamos que 39,9% da população vacinada é branca, os negros chegam a 3,73%. Tem grupo considerável, 26%, sem informação.
Em Alagoas não há ainda registro de profissionais da Educação e população em Situação de Rua vacinados.
Em Alagoas a maioria da população vacinada é parda 29.6%, amarela 20,6%, representando assim cerca de 50%. Alagoas apresenta também cerca de 20% sem informação.
No Brasil a média de vacinas aplicadas (primeira dose) por dia é de 101209. Nesse ritmo para vacinar 70% da população brasileira, que é o mínimo para uma imunidade coletiva precisariamos de 1383 dias, ou seja, mais que 3 anos e meio.
No caso de Alagoas, a média de aplicação diaria é de 2300, assim para vacinar 70% da população alagoana leveramemos 1004 dias, mais que 2 anos e meios, se continuar nesse ritmo.
O Brasil teve quase um ano para preparar uma política de vacinação, considerando ai a compra de insumos e vacinas, por exemplo. Mas não só, pois, monitorar o funcionamento de uma política pública é uma das tarefas primodiais para seu sucesso, pois a falta, pode caminhar ao total fracaso por está a depender da sorte. Com esses dados disponíveis é possível peceber que não houve nenhum preparo para o monitoramento. O sistema que recebe os dados de vacinação carece de toda sorte de validação, pois, há caso de vacinados com 200 anos, casos de profissionais de saúde com menos de 10 anos de idade, casos de vacinados em 2018 (antes mesmo da pandemia), e ainda mais casos de vacinados no futuro (outrubro de 2021). É compreensível que política dessa magnitude ocorra erros, porque há registros manuais e só depois vai a um sistema. Mas, esse sistema poderia ter validações para inibir esse erros grotescos, em um modelo ótimo poderia ser conectado ao sistema do cartão SUS ou a outros sistemas já existente e mais fiel.